Deixe-me te propor uma reflexão!
Quando você vê uma pessoa próxima passando por dificuldades, você sente a necessidade de ajudar?
Ou, quando você observa alguém em sofrimento, você acaba sofrendo junto também?
Se a sua resposta foi “sim” para essas perguntas, saiba que você possui compaixão em seu coração.
Mas, e quando é você quem está passando por necessidades ou sofrimento.
Nesse caso, você costuma olhar para si com vontade de se ajudar?
Bom, aqui já estamos falando sobre autocompaixão, que é o sentimento de olhar para si mesmo com mais carinho, compreensão e acolhimento.
Neste artigo, vamos falar um pouco sobre esse sentimento e entender como você pode praticar a autocompaixão para ter uma vida mais plena.
Até porque, assim como as outras pessoas, nós também precisamos de ajuda!
Mas, primeiro precisamos entender o que de fato é a autocompaixão. Confira!
O que é autocompaixão?
“Compaixão é o sentimento e atitude de querer ajudar o próximo.”
É aquela vontade de fazer mais pela pessoa e contribuir para a diminuição do seu sofrimento.
A autocompaixão é justamente a presença desse sentimento voltado para si próprio.
Ou seja, é se olhar com gentileza, compreensão e carinho.
É entender as próprias limitações e procurar estratégias de melhorias.
Da mesma forma que você agiria com compaixão ao ver um amigo em dificuldade, você procura se ajudar ao perceber que está com problemas.
Sendo uma atitude, há meios de praticar a autocompaixão, mas, para isso, é necessário diferenciar essa atitude da autoestima.
Vamos entender essa relação no tópico abaixo!
Qual a diferença entre autoestima e autocompaixão?
Autoestima é um conceito amplo e complexo.
Na psicologia, o conceito diz respeito à avaliação subjetiva que o indivíduo faz de si mesmo.
Geralmente, essa avaliação é feita com base na própria realidade que pode ser positiva ou negativa.
Já a autocompaixão, como dito no tópico anterior, é a visão de se enxergar com gentileza, procurando formas de se ajudar.
Envolve a diminuição da autocobrança e o respeito dos limites e capacidades.
Enquanto a autoestima engloba um julgamento, a autocompaixão se ocupa com a ação.
No entanto, apesar de diferentes no conceito, ambas se relacionam na prática.
Quando você age com compaixão, se olhando com gentileza, consequentemente você lida melhor com os desafios da vida e esse comportamento aumenta sua autoestima.
Podemos, então, dizer que praticar a autocompaixão traz como benefício o aumento da autoestima.
Mas, não apenas isso!
A seguir, separei alguns dos benefícios que se pode ter ao desenvolver a autocompaixão em sua vida.
Quais os benefícios em desenvolver a autocompaixão?
Um dos grandes benefícios da autocompaixão é o equilíbrio na autoestima.
Quando nos olhamos com mais carinho, conseguimos reduzir a autocrítica severa, nos cobramos menos e entendemos as nossas qualidades e defeitos.
Os erros que cometemos, ao invés de olharmos com decepção e frustração, os encaramos como boas oportunidades de crescimento e aprendizagem.
Entendemos que nada acontece em vão e em todas as coisas podemos tirar valiosas lições!
Além disso, a prática da autocompaixão proporciona ao indivíduo o acolhimento dos seus sentimentos.
Ele entende que é um ser humano dotado de emoções, logo, é perfeitamente natural – e saudável – sentir raiva, medo, tristeza ou angústia, por exemplo.
De modo geral, a autocompaixão é uma excelente aliada do bem-estar.
Como praticar a autocompaixão? 4 dicas!
Agora que você já sabe sobre a compaixão aplicada a si próprio e os benefícios desse comportamento, vejamos como podemos praticá-la?
Respondendo a essa pergunta, separei abaixo 4 dicas para te ajudar a desenvolver essa valiosa habilidade. São elas:
1. Diminua a autocobrança e a autocrítica
No mundo imediatista, individualista e cada vez mais competitivo em que vivemos, é natural nos cobrarmos para sermos os melhores em tudo que fazemos e sempre procurarmos pelo acerto.
Entretanto, esquecemos que somos seres humanos sujeitos a falhas e erros.
Se você deseja ter mais compaixão consigo mesmo será necessário se olhar com menos críticas e cobranças.
Faça o seu melhor, mas não ultrapasse os seus limites.
Saiba dizer “não” e coloque as funções nos seus devidos lugares.
Não se sobrecarregue!
Você é uma pessoa com habilidades e limitações, reconheça e equilibre esse fato.
2. Pratique atividades que te agradam
Praticar atividades que você gosta e que te tragam prazer e bem-estar é uma ótima forma de praticar a autocompaixão.
Separe um tempo nos seus dias para fazer aquilo que gosta.
Ler um livro, sair com a família, comer a comida preferida, assistir um filme, frequentar o salão de beleza, seja o que for, faça um agrado para si.
Se possível, dê um tempo na sua rotina para dedicar um tempo só para você.
Nesse tempo, coloque em prática o que mais gosta.
Isso é um ato de amor, carinho e cuidado com o seu eu.
Portanto, não deixe de fazer!
3. Aceite suas imperfeições
Outra dica muito valiosa para o aumento da autocompaixão é a aceitação das imperfeições.
Por mais clichê que possa parecer, a frase “ninguém é perfeito” é uma grande verdade.
Mas, um fato difícil de aceitar… Afinal, é preciso ser muito forte para se aceitar do jeito que é.
Não estou falando aqui para você cair na zona de conforto e não buscar o crescimento pessoal.
Pelo contrário: buscar melhorar é sempre uma atitude louvável.
Entretanto, tenha em mente que todos temos imperfeições e nem tudo em nós conseguiremos modificar.
Então, aceite e ame a sua imperfeição.
4. Perdoe-se
Não existe autocompaixão sem autoperdão.
Se perdoe e olhe para os seus erros como professores que te trouxeram grandes ensinamentos.
Pense e responda para si mesmo: se não fosse os erros cometidos no passado você teria a mentalidade que tem hoje?
Se não fossem as falhas, os equívocos e os fracassos, você teria a maturidade de hoje?
Diante disso, tenha carinho com a sua história e trajetória.
Suas experiências forjaram o caráter que você tem hoje.
E, para concluir
Praticar a autocompaixão é uma atitude que traz excelentes benefícios para o indivíduo.
Quem busca o desenvolvimento dessa habilidade tem melhor relação consigo mesmo e, automaticamente, com os outros.
Até porque, quando você se acolhe e se ajuda, consegue ajudar e acolher os outros da mesma forma.
Mas, para que isso tudo possa acontecer, o autoconhecimento é indispensável.
Se conhecendo, você consegue identificar os próprios limites e entender o que pode ser feito ou não.
Para entender mais sobre o tema, confira outro artigo aqui do blog onde explico em detalhes o que é o autoconhecimento e por que ele pode ser mais importante do que você imagina.
Te espero no próximo artigo e agradeço por chegar até aqui!