O sucesso e o bom desempenho obtidos na área profissional podem vir acompanhados de grande competitividade, acúmulo de tarefas, falta de descanso, entre outras situações semelhantes.
Diante desse cenário, um estado de intenso esgotamento e exaustão pode surgir dando origem a Síndrome de Burnout no ambiente de trabalho.
A condição, que é provocada por ambientes de trabalho desgastantes, atinge, principalmente, profissionais da educação, como os professores, policiais e bombeiros.
Mas, pessoas que enfrentam dupla jornada de trabalho também estão suscetíveis ao desenvolvimento do quadro clínico.
Neste artigo, você saberá o que realmente é Síndrome de Burnout, o que fazer para lidar com a doença, além de dicas e informações importantes acerca do quadro clínico. Boa leitura!
O que é a Síndrome de Burnout?
Síndrome de Burnout é o nome dado para a exaustão emocional oriunda do ambiente de trabalho.
Nesse quadro clínico, o indivíduo apresenta um estado extremo de cansaço físico, esgotamento mental e intenso estresse.
Geralmente, o funcionário que apresenta a síndrome vive situações de grande pressão no trabalho, tendo que lidar diariamente com muitas responsabilidades.
Qualquer pessoa está sujeita a desenvolver a síndrome, mas ela é mais comum entre professores, médicos, policiais, enfermeiros e áreas que demandam constantes prazos a serem cumpridos.
Ambientes com intensa competitividade entre os colaboradores também facilitam o surgimento da Síndrome de Burnout.
Além disso, a condição é tão séria que pode resultar em quadros depressivos.
Por esse motivo, é de suma importância conhecer as causas e os sintomas da síndrome para buscar ajuda.
Quais são as suas causas?
A principal causa da Síndrome de Burnout no ambiente de trabalho é o excesso dele, isto é, o grande acúmulo de trabalho.
Ou seja, o indivíduo está sempre trabalhando demais e frequentemente leva tarefas para a sua casa.
Aliás, a falta de limite entre a vida pessoal e profissional é bem característico em quem desenvolve a condição clínica.
Mas, outras causas também desencadeiam a síndrome.
Entre elas, estão:
- Estresse constante;
- Jornadas longas de trabalho;
- Conflitos com outros colaboradores;
- Pressão e cobrança em excesso;
- Falta de equilíbrio entre a vida privada e profissional;
- Volume excessivo de trabalho;
- Falta de descanso durante a rotina laboral;
- Excesso de responsabilidades.
Quais são os sintomas?
O esgotamento físico e mental é o sintoma que mais aparece nos casos de Síndrome de Burnout.
No entanto, não se trata simplesmente de apenas um cansaço ou estresse.
Situações no ambiente profissional podem deixar qualquer funcionário estressado ou a realização de uma hora extra, por exemplo, pode deixar um colaborador mais cansado.
Em ambos os casos, não significa que o indivíduo esteja, necessariamente, enfrentando o Burnout.
Na síndrome, o esgotamento presente é expresso nos seguintes sintomas:
- Pessimismo;
- Ausências no trabalho;
- Irritabilidade;
- Baixa autoestima;
- Lapsos de memória;
- Bruscas mudanças de humor;
- Depressão;
- Ansiedade;
- Agressividade;
- Dificuldade de concentração;
- Isolamento.
Estar atento a esses sintomas é fundamental para buscar ajuda!
Por que o Burnout é conhecido como doença do trabalho?
A Síndrome de Burnout também é conhecida como síndrome do esgotamento profissional.
É assim conhecida porque todos os sintomas apresentados são oriundos exclusivamente do ambiente de trabalho.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, o Burnout é uma doença ocupacional cujos fatores de risco são decorrentes de atividades laborais capazes de atingir a saúde física e mental do indivíduo.
Depois de diagnosticado com a doença, o trabalhador tem todos os direitos previstos por lei e assegurados junto ao Instituto Nacional do Seguro Social.
Como evitar a Síndrome de Burnout no ambiente de trabalho?
Assim como toda doença, a Síndrome de Burnout é uma condição clínica que precisa ser diagnosticada e devidamente tratada.
Nos próximos tópicos vou apresentar quais são os profissionais que podem te ajudar nessa situação.
Mas, antes disso, é fundamental que você saiba sobre como evitar o Burnout em suas atividades laborais.
Desta forma, você poderá colocar algumas dicas em prática hoje mesmo e, assim, aliviar um pouco tamanho esgotamento.
Segue algumas orientações que podem ajudar:
- Ao Identificar o menor sinal de Burnout dê uma pausa no trabalho e procure um médico;
- Estabeleça uma comunicação saudável com os seus superiores e colegas, e informe os seus limites em relação a determinadas tarefas;
- Estabeleça e reorganize suas prioridades, se atentando sempre ao que é mais importante para você;
- Identifique os gatilhos de estresse e tente melhorar. A falta de intervalo entre as tarefas, por exemplo, pode ser um grande gerador de estresse;
- Tente desenvolver uma rede de apoio, com pessoas amigas que você pode confiar e ter momentos alegres com elas;
- Estabeleça limites no seu tempo de trabalho e saiba dizer “não”;
- E, desenvolva uma vida social saudável com um Hobby para aliviar a tensão.
Como saber se estou com Burnout?
Atualmente, existem alguns testes que a pessoa pode fazer para ter uma noção se está com Burnout ou não.
Esses testes costumam ser constituídos por questionários que envolvem questões relacionadas ao contexto laboral.
O trabalhador responde essas perguntas e com base em notas, ele pode ter uma noção se está enfrentando a síndrome.
Porém, é sempre importante ressaltar que esse tipo de teste não representa de forma alguma um diagnóstico.
Apesar de facilitar a identificação da doença, o Burnout é um quadro clínico que exige o correto diagnóstico e avaliação por parte de um médico.
Portanto, se você identificou alguns dos sintomas relatados neste artigo, ou chegou a fazer algum teste online e acha que está com a doença, procure um médico imediatamente!
Síndrome de Burnout tem cura?
Cura é um processo de completo restabelecimento do organismo, onde não restam vestígios da doença.
No caso da Síndrome de Burnout, a condição clínica deixa alguns resquícios por quem enfrentou o esgotamento no trabalho.
Contudo, apesar de não ter cura, o problema tem tratamento e pode ser controlado e amenizado com algumas ferramentas.
Uma delas é a psicoterapia, que tem grande potencial de fortalecer o indivíduo e ajudá-lo a superar certas limitações e dificuldades.
No artigo passado, mostrei em detalhes o que é quais os benefícios essa ferramenta pode proporcionar aos pacientes. Recomendo que dê uma passada por lá também!
Além disso, o uso de medicamentos pode ser bastante útil para casos mais graves, além de uma mudança de estilo de vida.
Adotar uma rotina mais leve pode ajudar a diminuir significativamente os efeitos do Burnout no ambiente de trabalho!
Qual médico devo procurar?
Tanto o psiquiatra quanto o psicólogo podem fazer o diagnóstico da Síndrome de Burnout.
Se a doença estiver em um estado grave, o psiquiatra pode receitar algumas medicações.
Caso contrário, o tratamento poderá ser feito com um psicólogo, onde ele ajudará o trabalhador a encontrar estratégias saudáveis para lidar com situações estressantes no trabalho.
Se você já identificou o Burnout em sua vida, mas não sabe a gravidade da situação ou até mesmo suspeita da presença da síndrome, procure um psicólogo para uma avaliação.
Além de, claro, colocar as dicas que aqui foram dadas em prática.
Cuide-se!
Obrigado por ler até aqui e até o próximo artigo!
